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    Energia – Transição Energética e Boas Práticas

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    Energia – Transição Energética e Boas Práticas

    A energia desempenha atualmente um papel fundamental nas nossas vidas, sendo imprescindível para o normal funcionamento da sociedade. Numa visão global, as necessidades energéticas da sociedade têm crescido de forma exponencial, impulsionadas pelo avanço tecnológico e pelo aumento da população. No entanto, este aumento tem contribuído para uma exploração excessiva dos recursos do planeta, contribuindo para o aumento das emissões de gases poluentes que provocam graves consequências ambientais, como o aumento da temperatura do planeta. É, assim, urgente transformar o panorama energético mundial, estimulando uma nova transição energética que pretende criar uma sociedade menos consumidora e mais sustentável, focada em energias renováveis e tecnologias de baixo carbono.

    Dada a importância desta temática, a dia 29 de maio, celebrou-se o Dia Mundial da Energia. Este dia tem como finalidade alertar, sensibilizar e motivar os consumidores quanto à necessidade urgente de poupar energia, assim como alertar para os seus impactes ambientais negativos e para a importância de preservar os recursos naturais. Neste dia, destaca-se também a importância de promover as energias renováveis.

     

    Política Energética na União Europeia e em Portugal

    Ao nível da União Europeia (UE), destaca-se o compromisso para alcançar dos objetivos estabelecidos no Acordo de Paris, que visam combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A eficiência energética é um dos pilares fundamentais da estratégia da UE, juntamente com outras quatro dimensões: a segurança no abastecimento, o mercado interno de energia, a descarbonização (que inclui o aumento do uso de energias renováveis) e a investigação e inovação. A UE pretende melhorar a eficiência energética em pelo menos 30% até 2030, com base nas negociações em curso no contexto do Pacote Legislativo “Energia Limpa para todos os Europeus”. Para dar resposta a este contexto cada vez mais exigente, encontram-se em preparação pelos diferentes Estados-Membros os respetivos Planos Nacionais Integrados Energia-Clima (PNEC).

    Em conformidade com o Regulamento da Governação da União da Energia e da Ação Climática, foi estabelecido o Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC 2030). Este plano é o principal instrumento de política energética e climática para a década 2021-2030, com a intenção de proporcionar um futuro neutro em carbono. Todos os Estados-Membros devem elaborar e apresentar à Comissão Europeia os seus planos integrados em matéria de energia e clima, como parte de suas obrigações estabelecidas.

     

    Portugal, enquanto Estado-Membro da União Europeia, tem realizado investimentos estratégicos com o objetivo de contribuir para os compromissos do Acordo de Paris. O país tem se empenhado no aumento da utilização de fontes de energia renováveis no consumo final de energia, bem como na melhoria da eficiência energética dos edifícios residenciais e comerciais.

    A utilização crescente dos recursos endógenos e renováveis em Portugal para a produção de eletricidade tem provocado mudanças significativas na composição do mix de produção de eletricidade em Portugal, e tem, consecutivamente, desempenhado um papel cada vez mais determinante na satisfação do consumo, tendo sido bastante evidente em 2020 devido à queda no consumo resultante da pandemia da COVID-19. A abundância de recursos renováveis, como a energia solar, eólica, hídrica e biomassa, tem permitido a diversificação das fontes de energia utilizadas para gerar eletricidade em Portugal. Isso tem contribuído para uma maior independência energética, redução das emissões de gases de efeito estufa e promoção da sustentabilidade ambiental.

    Figura 1. Balanço da Produção de Eletricidade de Portugal Continental em 2023. Fonte: APREN

     

    Figura 2. Evolução da Produção Elétrica em Portugal Continental. Fonte: APREN

     

    De acordo com dados da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), entre janeiro e abril de 2023, Portugal Continental gerou 15 826 GWh de eletricidade, dos quais 74,3% tiveram origem em fontes renováveis. Em abril de 2023, a incorporação de energia renovável na geração de eletricidade foi de 69,4%, enquanto os centros eletroprodutores térmicos de origem fóssil representaram 20,6%.

    Com o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica em 2050 e em linha com as metas da UE, Portugal tem estabelecidas no PNEC 2030 as seguintes metas e objetivos:

    Figura 3. Metas e objetivos energéticos de Portugal para o horizonte de 2030. Fonte: Portugal Energia

     

    Adicionalmente, o PNEC 2030 estabelece metas setoriais de redução de emissões de GEE, por referência às emissões registadas em 2005:

    • 70 % no setor dos serviços;
    • 35 % no setor residencial;
    • 40 % no setor dos transportes;
    • 11 % no setor da agricultura;
    • 30 % no setor dos resíduos e águas residuais.

     

    Segundo dados fornecidos pela EDP em 2023, a maior parte do consumo de energia residencial em Portugal é atribuída às atividades de cozinhar, climatização do ambiente e aquecimento de água. Esses fatores combinados representam cerca de 75% do consumo de energia. O gráfico seguinte ilustra as principais áreas de consumo de energia residencial dos portugueses:

    Figura 4. Percentagem média do consumo de energia residencial dos portugueses, dividida em diferentes categorias de atividades. Fonte: EDP

     

    Boas Práticas Energéticas

    Reconhecendo a importância de uma utilização responsável dos recursos energéticos, é fundamental adotar medidas que visem a redução do consumo e a otimização da produção de energia.

    Apresentamos de seguida, algumas boas práticas que podem ser adotadas no seu dia-a-dia para baixar o seu consumo energético, torná-lo mais eficiente e ainda poupar algum dinheiro. Ao adotarmos estas medidas, promovemos um futuro mais consciente e resiliente, onde utilização da energia é realizada de forma consciente e responsável.

    Use luz natural

    Aproveite ao máximo a luz solar. No verão podemos contar com a iluminação natural por quase 10h. Em caso de muito calor é preferível fechar os estores e acender uma luz do que ligar ventoinhas ou o ar condicionado.

    Não deixe os equipamentos em stand-by

    Evite o standby dos equipamentos, desligue os aparelhos elétricos no interruptor e não apenas no comando. Utilização de extensões com interruptor pode ser uma boa forma de controlar este consumo.

    Máquinas de Lavar Loiça e Roupa

    Coloque as máquinas de lavar loiça ou roupa nas cargas máximas recomendadas pelo fabricante, deste modo está a rentabilizar a utilização. Opte pela secagem da roupa ao ar livre evitando a utilização de máquinas de secar roupa.

    Escolha programas de lavagem de com temperaturas mais baixas.

    Frigoríficos e Arcas

    Evite colocar alimentos muito quentes nos frigoríficos ou arcas.

    Evite deixar o frigorífico ou arca abertos durante muito tempo

    Quando retirar um alimento do congelador, para ser consumido no dia seguinte, descongele-o no frigorífico em vez de o colocar no exterior. Deste modo, terá ganhos gratuitos de frio.

    Comprar eficiência

    Opte pelos eletrodomésticos mais eficiente. As diferenças entre as poupanças alcançadas por produtos classificados entre A a D, em relação a produtos E a G, podem chegar até 50%. Adicionalmente, com a reformulação das etiquetas energéticas, tornou-se mais fácil compreender a eficiência dos equipamentos.

    Fornos e Microondas

    Evite abrir o forno enquanto cozinha, pois cada vez que abre o forno está a perder mais de 25% do calor gerado.

    Desligue o forno alguns minutos antes de terminar o cozinhado, deste modo estará a aproveitar o calor residual para terminar o seu cozinhado (pode realizar o mesmo para as placas elétricas).

    Otimize e controle a iluminação

    Substitua as lâmpadas por modelos mais eficientes (gradualmente e sem desperdício). As lâmpadas LED são cerca de 10x mais duradouras, eficientes e económicas do que as incandescentes. Com a sua utilização, pode reduzir até 80% a energia consumida para iluminação.

     

    Referências:

    APA (2021). Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC). URL: https://apambiente.pt/clima/plano-nacional-de-energia-e-clima-pnec [Acedido em maio de 2023]

    APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis (2023). Produção de Energias. URL: https://www.apren.pt/pt/energias-renovaveis/producao [Acedido em maio de 2023]

    Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto (s.d.). Cabeceiras de Basto. URL: https://cabeceirasdebasto.pt/7297 [Acedido em maio de 2023]

    Cinergia (s.d.). Energia no meu país. URL: https://www.cinergia.pt/pt/energia-no-meu-pais [Acedido em maio de 2023]

    EDP (2023). Casa Eficiente – Poupança Energética. URL: https://www.edp.pt/particulares/casa-eficiente/poupanca-energetica/ [Acedido em maio de 2023]

    Green World (2022). 9 boas práticas para reduzir o consumo energético. URL: https://greenworld.pt/9-boas-praticas-para-reduzir-o-consumo-energetico/ [Acedido em maio de 2023]

    Noctula – Consultoria em Ambiente (s.d.). Dia Mundial da Energia. URL: http://noctula.pt/dia-mundial-da-energia/ [Acedido em maio de 2023]

    Portugal Energia (2023). Setor Energético – Bloco 3. URL: https://www.portugalenergia.pt/setor-energetico/bloco-3/ [Acedido em maio de 2023]