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    Água, um bem essencial

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    Água, um bem essencial

    Não é novidade alguma que a água é um dos bens mais valiosos que temos. Desde crianças que somos ensinados a poupá-la e a cuidá-la.

    Em casa, utilizamo-la para cozinhar, nas limpezas, para tomar banho e nas descargas dos autoclismos. Esta é também utilizada na produção de alimentos, livros, roupas, eletrodomésticos, automóveis, construção de edifícios e aquecimento dos mesmos. Para os seres humanos, a água não é simplesmente um recurso de que desfrutamos todos os dias, mas sim uma necessidade vital.

    Segundo o relatório “Progress on drinking water, sanitation and hygiene (2000-2017)”, publicado em 2019 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a United Nations International Children’s Emergency Fund (UNICEF), cerca de 2,2 mil milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água potável e 4,2 mil milhões não têm acesso a saneamento.

    Porque temos de a poupar?

    De uma forma muito simples, a água potável é um recurso finito e limitado. Vejamos os três números que definem a água na Terra – 70-3-1:

    • A água cobre cerca de 70% da superfície da Terra. No entanto, a quantidade de água doce disponível para utilização humana é limitada pelas condições naturais do planeta.
    • Na verdade, 97% da água da Terra é água salgada e apenas 3% é água doce.
    • Destes 3%, cerca de 77% estão retidos em glaciares e neve permanente, 22% correspondem a água subterrânea (parte dela dificilmente utilizada pelo Homem), e apenas 1% corresponde a água superficial.

    Abrir a torneira e ter acesso a água com garantia de qualidade (água potável) é um privilégio! Infelizmente, a forma como utilizamos e tratamos este recurso precioso não só afeta a nossa saúde, como também tem impacte em toda a vida que depende da água.

    A poluição, o deficiente saneamento de águas residuais, a sobre-exploração, as alterações físicas dos habitats aquáticos e as alterações climáticas continuam a comprometer a qualidade e a disponibilidade de água.

    Escassez de água em Portugal

    O clima mediterrânico implica períodos secos, mas é um facto que nos últimos anos se têm registado secas mais frequentes e prolongadas. De acordo com o Plano Nacional da Água, os setores da agricultura e pecuária são os que consomem mais volume de água (74%), seguidos do setor urbano (20%), industrial e turismo (1%).

    O World Resource Institute, numa projeção para 2040, classifica Portugal com risco elevado de stress hídrico, isto é, risco elevado de ter de gerir falta de água com qualidade, na resposta às necessidades do país. Um cenário que não é homogéneo no território português, sendo a região Sul mais vulnerável à escassez de água.

    Esta possibilidade exige pensar a longo prazo. Como mitigar desperdícios e quais os diferentes usos que são dados a este recurso, limitado por natureza, serão abordados na próxima semana.

    Fonte:

    AEA (2012). A água na agricultura. Obtido em junho de 2021, em https://www.eea.europa.eu/pt/articles/a-agua-na-agricultura

    Aqueduct (s.d.). Obtido em junho de 2021, em https://www.wri.org/aqueduct

    C-Lab – The Consumer Intelligence Lab (2020). O uso da água em Portugal: olhar, compreender, e atuar com os protagonistas chave. Lisboa: Estudo do Programa Gulbenkian Desenvolvimento Sustentável

    Decreto-Lei n.º 76/2016, de 9 de novembro – Plano Nacional de Água

    UNESCO, UN-Water, 2020: United Nations World Water Development Report 2020: Water and Climate Change. Paris, UNESCO

    WHO & UNICEF (2019). Progress on drinking water, sanitation and hygiene (2000-2017). WHO/UNICEF Joint Monitoring Programme for Water Supply, Sanitation and Hygiene 

    World Resources Institute (2021). Reckoning and Recovery: Working toward a more equitable and sustainable future. WRI Annual Report 2020-2021